GERÊNCIA
EXECUTIVA DE
ABASTECIMENTO,
PETROQUÍMICA
E BIOCOMBUSTÍVEIS

INTELIGÊNCIA DE MERCADO PARA O DOWNSTREAM

Inteligência de mercado quer dizer  observar o mercado, identificar gargalos e oportunidades; estar preparado, antecipar tendências, sair de uma lógica baseada na reação e passar para uma lógica que dá um passo à frente, pois está centrada no agir. Pré-agir com visão de futuro.

Com esse foco, em 2015 a Gerência Executiva de Abastecimento, Petroquímica e Biocombustíveis concentrou esforços na produção de inteligência de mercado, com a elaboração e conclusão de estudos específicos. O objetivo foi gerar subsídios para que os agentes possam desempenhar melhor a atividade do ponto de vista técnico, regulatório e de investimento.

O projeto Planejamento Integrado de Cadeias Logísticas para Distribuição de Combustíveis no Brasil, desenvolvido com o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) foi um dos produtos gerados em 2015. O trabalho fez um diagnóstico da capacidade atual das cadeias de distribuição de combustíveis no Brasil (gasolina, etanol, diesel e querosene de aviação), de forma a identificar os investimentos necessários para eliminar gargalos existentes na infraestrutura, tendo em vista o abastecimento do mercado até 2025.

Para a elaboração desse trabalho foram entrevistados diferentes agentes, como Petrobras Distribuidora, Raízen, Ipiranga, ALE, Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Transpetro, Petrobras, Datagro, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Departamento Hidroviário de São Paulo e VALE. Também foram consultadas bases de dados de distintas organizações, como ANP, Instituto de Economia da UFRJ, MME, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Petrobras, União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Transpetro e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O citado estudo gerou ainda dois outros trabalhos, um sobre o segmento de portos e terminais – de fundamental importância em um cenário de importação de derivados –  e outro com foco em dutos, intitulado Planejamento da Infraestrutura Dutoviária de Derivados no Brasil até 2025. O documento destaca as oportunidades desse mercado, como: a construção de possíveis rotas para dutos, além de ampliação e inversão de fluxo de alguns dutos existentes.

TRABALHO PREMIADO

O estudo “Gargalos na Infraestrutura da Cadeia de GLP para um Cenário de 10 anos”, concluído em 2014, recebeu o primeiro lugar na categoria logística do Prêmio GLP de Inovação e Tecnologia, concedido pelo Projeto GLP – Qualidade Compartilhada.

Desenvolvido pela Comissão de GLP do IBP, em parceria com o Instituto de Logística e Supply Chain, ele é resultado de um extenso mapeamento da cadeia logística do GLP no Brasil, no qual foram elaboradas projeções de oferta e demanda de GLP, fluxos logísticos entre os polos de oferta (refinarias, petroquímicas, UPGNs e terminais portuários) e as bases de envase das distribuidoras e da infraestrutura que suporta essa cadeia (terminais portuários e terrestres, dutos e rodovias).

As recomendações de investimentos previstas no estudo, para garantir o escoamento do derivado nos próximos 10 anos, estão fortemente relacionadas às adequações nos modais terrestres, alterações nos fluxos de produto, aumento da capacidade de modais aquaviários e capacidade de tancagem.

REGULAÇÃO DO SETOR

Junto com a Gerência Executiva de SMS e Operações do IBP (Exploração & Produção), a Gerência Executiva de Abastecimento realizou workshops para debater e alinhar uma minuta do Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional de Sistemas Submarinos (SGSS). Envolvendo a ANP e os principais agentes da indústria de petróleo e gás, esta iniciativa reforça a atuação proativa do Instituto, de forma a contribuir para o aprimoramento do ambiente regulatório.

RIO PIPELINE CONFERENCE & EXPOSITION DEBATE AMPLIADO, EVENTO RENOVADO

Considerado um dos mais importantes eventos de dutos do mundo, a Rio Pipeline recebeu cerca de dois mil participantes, entre congressistas, expositores, visitantes e estudantes. Na sua 10ª edição, o evento teve como tema central o papel crucial dos dutos submarinos no desenvolvimento do pré-sal – ampliando o escopo da Conferência, pois abrangeu tanto a atividade onshore, quanto a offshore.

Dentre os temas debatidos na Rio Pipeline 2015, suscitaram forte interesse o detalhamento de grandes projetos de dutos no Brasil e no mundo, a nova regulamentação para o Sistema de Gerenciamento de Sistemas Submarinos (SGSS) – apresentada pela ANP – e a criação de centro integrado de operações pela Transpetro (CNCL – Centro Nacional de Controle Logístico), buscando a otimização e maior eficiência das operações, além da redução no custo de transporte de derivados.

Outro assunto relevante, foram os novos modelos de negócios para atração de investimentos privados para a atividade de dutos no país no segmento downstream (com base no trabalho desenvolvido pelo IBP e o Instituto ILOS).

Entre as novidades trazidas pela Rio Pipeline 2015 estavam o Pavilhão “Da Invenção para a Inovação”, integrado por jovens empresas de base tecnológica que se propõem a solucionar demandas/desafios do segmento dutoviário. Uma demonstração da capacidade de o evento se renovar a cada edição.

COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

Em 2015, foi realizada a 11ª edição do Fórum de Debates sobre Qualidade e Uso de Combustíveis. Organizado pela Comissão Técnica de Combustíveis, o evento promoveu um amplo debate sobre os desafios e avanços do mercado de combustíveis, entre os quais o aumento da aditivação mínima obrigatória de etanol (27%) na gasolina, novas rotas tecnológicas para produção de biodiesel e o panorama dos biocombustíveis no país.

O IBP participou também da audiência pública realizada em novembro, na Câmara dos Deputados, em Brasília/DF, na qual expôs posição contrária ao Projeto de Lei nº 1013/2011, que dispõe sobre a fabricação e venda, em território nacional, de veículos utilitários movidos a óleo diesel.

Já a Comissão Técnica de Lubrificantes e Lubrificação deu início a uma série de discussões a respeito do mercado brasileiro de lítio e os impactos na indústria de produção de graxa, que responde cerca de 90% do consumo desse mineral no país. Contando com participação de especialistas e representantes do segmento, os debates promovidos buscaram estabelecer um plano de ação visando a flexibilização da legislação vigente no país, de maneira a aumentar a competitividade desta indústria.

Também foram concluídas três rodadas do Programa Interlaboratorial de Lubrificantes (PIL), que contou com a participação de 30 laboratórios.

ASFALTO:
aprimoramento contínuo da qualidade

De grande importância para o desenvolvimento de infraestrutura logística para o País, o segmento de asfalto foi acompanhado de perto pelo IBP. Em 2015, foram finalizadas as duas rodadas do Programa Interlaboratorial de Asfalto (PIA), com a participação de 10 laboratórios. As rodadas têm como objetivo detectar erros comuns em metodologias de ensaio, avaliar o desempenho e melhorar a qualidade dos laboratórios participantes.

Ainda no ano passado, o workshop de SMS – Saúde, Meio Ambiente e Segurança, teve sua 5ª edição reformulada. Agora em formato de seminário, o evento promovido em parceria com o Grupo de Trabalho em SMS no Segmento Asfalto, discutiu as boas práticas e a evolução da legislação e da normatização técnica para as empresas e entidades afins que atuam na cadeia produtiva de pavimentação asfáltica.

Com a promoção do evento, a comunidade de asfalto busca difundir a cultura de SMS, apresentando não só os benefícios de sua implantação para o meio ambiente, como também para as questões relacionadas à saúde ocupacional e segurança nas empresas de pavimentação asfáltica.