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1° edição do evento ‘Diálogos da Rio Oil & Gas 2022’ discute compromissos climáticos no cenário da transição energética

O Vice-Presidente de Relações Corporativas da Shell, Flavio Rodrigues, revelou que a empresa deverá investir U$S 120 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil em 2022. A declaração do executivo ocorreu durante a 1° edição do evento ‘Diálogos da Rio Oil & Gas 2022’ – com o tema “Futuro da Indústria”, organizado pelo IBP em parceria com a agência epbr, nessa quinta-feira (12/5). O recurso é compromisso da companhia por meio da cláusula de P&D, na qual as petroleiras precisam investir 1% da receita bruta da produção em pesquisa, desenvolvimento e inovação. É um aumento expressivo, se comparado ao valor aplicado no ano passado, em razão da alta do preço do petróleo.

“Com a cláusula de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação, investimos hoje US$ 80 milhões. Com o [atual] preço do barril podemos chegar a US$ 120 milhões em compromisso neste ano”, revelou Rodrigues.
A Diretora Executiva Corporativa do IBP, Fernanda Delgado, ressaltou que cada país tem a sua estratégia para realizar a transição energética, e atentou para a necessidade de direcionar recursos para o desenvolvimento tecnológico com objetivo de descarbonizar o setor.

“A própria Agência Internacional de Energia (AIE) lançou um report revelando que 40% das tecnologias que precisamos para descarbonizar o mundo até 2050 ou não são conhecidas ou não são comercialmente viáveis”, ressaltou Delgado. Outro tema relevante nesse processo de redução de emissões pontuado por Rodrigues é a criação de um robusto mercado de carbono no país. “Vemos uma oportunidade que irá ajudar países que têm oferta de carbono a negociar com outros que precisem cumprir suas metas. O Brasil tem potencial enorme nesse mercado. Há várias discussões em andamento no país, PL no Congresso. O Brasil estará muito bem posicionado se souber amarrar bem esse arcabouço regulatório”, disse o executivo da Shell.

Delgado ressaltou ainda outro aspecto que coloca o Brasil em posição de destaque no processo de descarbonização do setor, que é o benchmark do país no segmento de biocombustíveis. “O fato da nossa matriz ser muito renovável, termos expertise em biocombustíveis, no uso da biomassa, tudo isso dá ao Brasil um posicionamento de destaque ainda maior”, afirmou a diretora do IBP.