O IBP na Vanguarda da História
O IBP, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, foi fundado em 1957, quatro anos depois do decreto que criou a Petrobras, com o objetivo de disseminar o conhecimento técnico sobre a nascente indústria petrolífera nacional. Na época, a estatal tinha o monopólio da exploração do petróleo, o país produzia 27 mil barris por dia e o IBP reunia 20 associados. Hoje, passados 63 anos, cerca de 100 companhias (aproximadamente metade estrangeiras) estão envolvidas na prospecção de petróleo e gás no país. A produção diária chega a 3,8 milhões de barris de óleo equivalente, e o número de empresas associadas ao Instituto passou de 240. O IBP, que ao longo do período diversificou suas atividades, consolidou-se como o principal representante do setor.
Nestas seis décadas, a legislação sobre a indústria do petróleo passou por várias fases, e o IBP sempre esteve presente nas discussões e debates sobre os temas do setor. O modelo de exploração saiu dos contratos de risco com companhias privadas no governo Geisel – uma reação às crises dos anos 70 que elevaram os preços do petróleo a níveis proibitivos – para o restabelecimento do monopólio estatal na Constituição de 1988, quebrado só em 1997. Na ocasião, o IBP teve papel fundamental na abertura da exploração e produção de óleo e gás à iniciativa privada, com sugestões para a elaboração da Lei do Petróleo (1997). O novo marco legal alterou o papel do Estado – de provedor para regulador e fiscalizador-, criou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e permitiu um maior desenvolvimento do setor.
Em paralelo às mudanças regulatórias, a indústria evoluiu, sempre com o apoio e participação do IBP nesses mais de 60 anos. Consolidou-se uma rede de refinarias e de fábricas petroquímicas e descobriu-se petróleo na Bacia de Campos, com o desenvolvimento de tecnologias inéditas de produção em águas profundas. Foi criado também o inovador Proálcool, que permitiu uso do etanol (combustível alternativo à base de cana de açúcar) em larga escala. Desbravaram-se ainda as reservas de grande potencial do pré-sal na segunda metade dos anos 2000, e que hoje representam mais da metade da produção nacional. O IBP atuou e ainda age para melhorar o ambiente regulatório a fim de manter um contínuo ciclo de investimentos.
Ao longo de toda sua história, muitas destas conquistas da indústria estiveram ligadas ao IBP. Um exemplo da atuação da entidade foi o apoio à integração de refinarias privadas já instaladas no país à Petrobras nos anos 70. Outro consiste na elaboração e fomento ao modelo tripartite de lançamento da indústria petroquímica brasileira também na década de 70, que uniu o capital da Petrobras à tecnologia e investimentos de companhias privadas – cada uma com um terço dos empreendimentos. Nos anos recentes, em resposta à legislação dos anos 90, o Instituto vem tendo um papel cada vez mais atuante de interlocução entre empresas, órgãos reguladores e governos. O insumo para suas atividades vem de 66 comissões técnicas, formadas por 1.500 especialistas voluntários, que reúnem o conhecimento de ponta sobre a indústria. Eles são responsáveis por identificar as demandas do setor, promover debates e sugerir temas para cursos de capacitação profissional, estudos, publicações técnicas e eventos.
A primeira feira de Petróleo e Gás do Instituto, realizada em 1982, transformou-se na Rio Oil & Gas, atualmente um dos maiores eventos no mundo na sua categoria. Em sua última edição, em setembro de 2018, ela atraiu mais de 42.200 visitantes, 480 marcas expositoras, 33 patrocinadores, 200 palestrantes, mais de 600 trabalhos técnicos apresentados e recorde de 5 mil congressistas, além de 10 eventos paralelos.
As próprias mudanças de nome do IBP responderam à evolução histórica do setor. O gás foi incorporado à nomenclatura em 2000, e os biocombustíveis em 2006. Já em 2020, foi aprovada uma nova alteração no nome, para refletir o momento de transformação do setor. Dessa forma, o Instituto passou a se chamar Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás.
60 anos impulsionando a indústria
O IBP sempre esteve presente nas discussões e debates sobre os temas do setor. A atuação do Instituto está diretamente ligada à difusão de conhecimento técnico de qualidade, buscando sempre as melhores práticas e fundamento tecnológico. A indústria evoluiu e se tornou referência em tecnologia e produção de petróleo em águas profundas.
Conheça a página comemorativa dos 60 anos do IBP.