Confira os temas da nossa agenda:
Webinar 1: CO2: Gestão, Tecnologia e Inovação - 20/out
Moderador: Pietro Mendes | Assessor do Diretor Geral da ANP
Palestrantes:
– Viviana Canhão Bernardes G. Coelho | Gerente corporativa de Emissões, Eficiência Energética e Transição para Baixo Carbono da Petrobras
– Támara García | Gerente de P&D da Repsol Sinopec
Resumo:
A captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) é parte essencial de um amplo conjunto de soluções necessárias para desenvolver sistemas industriais e de geração de energia mais sustentáveis, em direção à transição para uma economia de baixo carbono, compatível com o cumprimento das ambições do Acordo de Paris. A Agência Internacional de Energia projeta a necessidade de ampliação da escala global de CCUS, dos atuais 40 milhões de t CO2/ano, para 2,8 bilhões de t CO2/ano até 2050. O CCUS também contribuirá para uma transição justa, gerando emprego em vários setores, inovação e riqueza regional e nacional. Para possibilitar a ampliação e competitividade da indústria de CCUS e a sua efetiva contribuição como elemento chave para o desenvolvimento sustentável, diversos desafios precisam ser endereçados, tais como:
- – Redução dos custos tecnológicos, capacitação, desenvolvimento de fornecedores e apoio ao desenvolvimento de infraestrutura.
- – Facilitar o desenvolvimento de “hubs” do CCUS em áreas industriais, com infraestrutura compartilhada de transporte e armazenamento geológico, de modo a se obter ganhos de escala.
- – Políticas de incentivo e marcos regulatórios, com regras claras, que ofereça segurança aos atores envolvidos. Um exemplo de sucesso de política de incentivo ao CCUS é o denominado 45Q tax (EUA).
- – Desenvolvimento de mercados para produtos premium de baixo carbono (cimento, aço, petroquímicos etc) por meio de compras públicas e privadas, subsídios, ou outros modelos de negócio.
- – Por fim, à medida que mais projetos de CCUS sejam desenvolvidos, haverá uma crescente credibilidade e confiança entre os diversos atores relevantes, desde a própria indústria de O&G até a sociedade.
Webinar 2: Os Desafios Tecnológicos da Captura de CO2 - 27/out
Moderador: Professora Jussara Miranda | Instituto de Química da UFRJ
Palestrantes:
– Cristiano Piacsek Borges | D.Sc em Engenharia Química da PAM Membranas (COPPE/UFRJ)
– Gustavo Moure | Consultor Sênior da Petrobras/Cenpes
Resumo:
A captura de CO2 emerge como uma das importantes vias para mitigar as emissões deste gás do efeito estufa nos mais diversos efluentes de diferentes fontes emissoras. O desafio tecnológico desta área se constitui tanto no desenvolvimento de novos materiais seletivos a este gás que sejam mais eficientes e menos custosos, assim como na proposição de novos processos integrados economicamente e ambientalmente sustentáveis.
Webinar 3: Utilização - Química e Física (EOR) do CO2 - 03/nov
Moderador: Professora Luiza Cristina de Moura | Instituto de Química da UFRJ
Palestrantes:
– Gabriel Bassani | Integrante da equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Repsol Sinopec Brasil
– Jorge Pizarro | Engenheiro de Petróleo na Petrobras
Resumo:
O U do CCUS, que se refere à utilização do CO2, pode ser a sua inserção em processos de conversão em produtos com valor agregado, aplicações em processos industriais, uso para fins alimentícios etc., ou a sua injeção em formações geológicas, tais como reservatórios de óleo e gás para fins de recuperação avançada de petróleo (EOR – Enhanced Oil Recovery), injeção em reservatórios de carvão não – mineráveis para recuperação avançada de metano do carvão (ECBM – Enhanced Coal Bed Methane), reservatórios de óleo e gás depletados e aquíferos salinos profundos.
Ressalta-se, por sua vez, que, atualmente, o U do CCUS é principalmente o EOR: dos 19 projetos em operação hoje no mundo (capacidade de 39,4 MtCO2/ano), 14 utilizam o CO2 com fins de EOR e os demais cinco utilizam reservatórios geológicos dedicados (sem uso de EOR). Dos quatro em construção (2,81 MtCO2/ano), todos utilizarão o EOR.
No entanto, o futuro do uso do carbono capturado apresenta um leque muito amplo de opções, como a já existente utilização do CO2 para a produção de fertilizantes (base ureia), mas também para novos usos, ainda em estágios de menor maturidade tecnológica, como para produção de combustíveis e compostos químicos de interesse industrial, bem como a sua possibilidade de conversão em produtos para compor cimentos, asfaltos etc.
Webinar 4: Armazenamento de CO2: Avaliação e Gerenciamento de Risco - 10/nov
Moderador: Professora Ofélia de Queiroz | Coordenadora dos cursos de pós-graduação de Engenharia de Processos Upstream & Engenharia de Processamento de Gás Natural da Escola de Química da UFRJ
Palestrantes:
– João Paulo Pereira Nunes | Geofísico de Reservatórios da Petrobras
– Rodrigo Iglesias | Professor Assistente da Faculdade de Engenharia (FENG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Resumo:
A seleção adequada do reservatório para a garantia da permanência, e de forma segura, do carbono armazenado, é a questão chave do armazenamento. As formações geológicas devem apresentar capacidade de armazenamento adequada, suficiente permeabilidade e um selo geológico de alta qualidade, para impedir o vazamento. Considerações adicionais incluem os riscos sísmicos e de contaminação de reservatórios de água potável. Ressalta-se que o aumento descontrolado da pressão do reservatório pela injeção de fluidos (como o CO2) pode causar fraturas, novas ou reativar as pré existentes, levando a riscos de vazamento ou sismicidade induzida. Iniciativas de endereçamento dessas questões estão em curso, como as em desenvolvimento pela OGCI (Oil and Gas Climate Initiative): “Guia ISO de diretrizes e melhores práticas de avaliação de risco do ciclo de vida do armazenamento (OGCI e comitê técnico da ISO)” e o “Mapeamento e avaliação dos recursos geológicos globais para armazenamento de CO2 (CO2 Storage Resource Catalogue)”, já disponível para acesso na página eletrônica da OGCI. Como as ferramentas e diretrizes típicas de Avaliação e Gerenciamento de Risco de reservatórios percebem e podem contribuir para o Armazenamento de Carbono, para esse novo horizonte que se apresenta? E como o Brasil se insere neste contexto?
Webinar 5: Desafios do Transporte e Injeção de CO2 - Materiais e Modais - 17/nov
Moderador: Professora Ivani Bott | Professor associado do Departamento de Engenharia Química e de Materiais da PUC-Rio
Palestrantes:
– Ana Paula Fonseca | Gerente de Projeto de Grande Porte em Águas Ultra Profundas da Petrobras
– Pedro Senff | Engenheiro Líder Front End da Aker Solutions
– Sverre Overå | Project Manager na Equinor
Resumo:
Após a captura do CO2, há necessidade de transporte para o local de armazenamento. O CO2 é transportado com mais eficiência quando é comprimido a uma pressão acima de 7,4 MPa e a uma temperatura acima de 31°C. Sob essas condições o CO2 exibe propriedades supercríticas; é um líquido com características de gás, sendo transportado por dutos (carbodutos) a altas pressões similar ao gás. A implantação em larga escala de CCS provavelmente resultará na ligação de fontes de CO2, demandando projetos e soluções técnicas de referência.
Webinar 6: Transição Energética: Gestão, Tecnologia e Inovação na Política Brasileira de Mudanças Climáticas - 24/nov
Moderador: Oswaldo Lucon | Coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima
Palestrante: Emílio Matsumura | Diretor executivo do Instituto E+ Transição Energética
Resumo:
A matriz energética nacional é considerada de baixo carbono, em função da significativa participação de hidrelétricas e do crescimento de fontes de energia como eólica e solar e do próprio avanço dos biocombustíveis.
Diante disto e do impacto econômico causado pela pandemia da Covid-19, a necessidade de alcançar a NDC brasileira e de investimentos na gestão, no desenvolvimento tecnológico e na inovação para redução das emissões de CO2 do setor de energia, poderá ser subestimada no curto prazo, flexibilizando espaço para retomada dos investimentos no que se convencionou chamar de “agenda marrom”.
Como a Política Brasileira de Mudanças Climáticas poderá dar sinais estratégicos e até mesmo ajudar a direcionar o capital privado para que estudos e pesquisas, que mitiguem e reduzam emissões de CO2, continuem a ser realizados no Brasil?
*Programação sujeita a alterações