O IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) realizou nesta segunda-feira (9) o 7º Seminário de Responsabilidade Social, em sua sede, no Rio de Janeiro. Neste ano, a discussão girou em torno dos Princípios Orientadores da ONU sobre Direitos Humanos e Empresas.
Segundo Carlos Augusto Victal, gerente de responsabilidade social do Instituto, a escolha do tema está em linha com os debates em curso no setor de petróleo e gás, conduzidos pela IPIECA, a associação global da indústria para assuntos ambientais e sociais.
Ao início do evento, os palestrantes abordaram o histórico documento da ONU (lançado em 2011), os desafios para sua implementação e os pilares básicos desse conjunto de normas –que são a proteção de direitos (atribuição dos Estados), o respeito às leis e às regras (obrigação das empresas) e a remediação ou reparação (Estados e empresas).
Ao comentar sobre o cenário de crise que também afeta o setor de petróleo, Ana Paula Grether, consultora da gerência de responsabilidade social da Petrobras, afirmou que são nessas ocasiões que o respeito aos princípios da ONU pode evitar problemas futuros às empresas, gerar diminuição de custos e agilizar licenças para operar.
Na sequência, foi abordado o impacto da ação das grandes empresas na cadeia de fornecedores e a responsabilidade indireta dessas companhias (como as operadoras de petróleo, por exemplo) nas práticas adotadas por suas contratadas. “As empresas maiores têm a capacidade de influenciar positivamente seus fornecedores a adotarem práticas éticas e de respeito aos direitos humanos”, disse Juliana Ramalho, advogada do escritório Mattos Filho.
Em outro painel, foi debatida a importância da educação ambiental e a relação com as comunidades locais. “Tratar de educação ambiental é sempre um desafio. Ela é fundamental na formação da consciência [do cidadão]”, disse o gerente de Trabalho Social do Inea, João Áureo Pereira.
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