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A 3ª edição do relatório Energy Transition Outlook 2019, produzido pela DNV-GL, foi apresentado pelo CEO global da companhia, Remi Eriksen, durante reunião realizada na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, no dia 9 de outubro. O estudo traz uma previsão do sistema energético mundial até 2050, onde a tecnologia é considerada um catalisador do processo de transição energética, uma vez que não alcançaremos a meta de redução de 2ºC estabelecida pelo Acordo de Paris.

O tema da transição energética também fará parte da programação da Rio Oil & Gas 2020, conforme explicou Milton Costa Filho, secretário geral do IBP. “Este é um dos tópicos mais discutido da nossa indústria e o IBP está fortemente envolvido nessas discussões, tanto que teremos um bloco especial para tratar desse tema na Rio Oil & Gas”, acrescentou.

De acordo com o relatório, a tecnologia será uma das principais aliadas na descarbonização da matriz energética. Segundo estudo, até 2050, quase metade da demanda será suprida por fontes renováveis, sendo o gás natural fonte responsável por maior parcela da mix energético global.

O relatório completo está disponível para download na página da DNV-GL.

 

Principais destaques do Energy Transition Outlook:

  • A transição energética prevista não acontecerá na velocidade suficiente para manter o aquecimento global abaixo de 2°C;
  • Pico da demanda de energia será em 2030;
  • Transição energética é acessível, na medida em que os gastos com energia corresponderam a parcela cada vez menor do PIB.

 

Fontes renováveis, gás natural e eficiência energética terão um papel importantíssimo nos próximos 30 anos, na visão de Remi Eriksen, CEO global da DNV-GL. “Renováveis por causa dos custos competitivos, especialmente energia solar fotovoltaica e eólica; gás natural por ser mais competitivo que carvão e petróleo, por ser considerado menos poluente, e eficiência energética, devido a eletrificação das fontes de energia para o consumidor final”, explicou o executivo.

 

Pico dos hidrocarbonetos

Considerado a principal fonte de energia, o petróleo vai atingir seu pico de demanda por volta de 2033 com queda de 44%, chegando a 17% de uso como fonte de energia principal até 2050, de acordo com o estudo. Nesse mesmo período, na América Latina, o gás natural corresponderá a 1/3 do mix de energia primária.

“Gás é um componente fundamental para a descarbonização das companhias, além de complementar as fontes renováveis. Acreditamos que a atividade offshore será a principal fonte de gás. O Brasil tem uma grande oportunidade de abraçar a transição energética e ser parte da solução”, acrescentou Remi. Ainda de acordo com o estudo, os hidrocarbonetos ainda serão fundamentais para assegurar a oferta de energia.