A indústria de óleo e gás está diante de um paradigma: como explorar as reservas de hidrocarbonetos e, ao mesmo tempo, contribuir para uma matriz energética sustentável? Essa questão, ao lado de outras como o papel do gás natural como energia de transição, estratégias empresariais e oportunidades de negócios para a cadeia produtiva trazidas por fontes alternativas, foi tratada em painel online com a participação de Cristina Pinho, presidente interina e diretora Executiva Corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), hoje, 21.05, no “XV Fórum IBEF 2021 – Building Connections! The New Paradigms of the Brazilian Oil, Gas & Energy Sector”.
Cristina participou do painel “Energy Connections: Desafios da Transição Energética”, junto com Márcio Félix, CEO da EnP (Energy Platform), e Eduardo Chamusca, Group Business Development Diretor na SBM Offshore, e moderação de Fernando Potsch, CEO da Maintrends BI e VP de Óleo e Gás IBEF Rio de Janeiro.
Durante o debate, Cristina Pinho destacou a importância, que já vem sendo amplamente debatida pelo IBP, da indústria buscar caminhos para avançar rapidamente na descarbonização de sua cadeia produtiva, com vistas a zerar as emissões líquidas de GEEs em 2050 (o chamado Netzero 2050, roteiro da Agência Internacional de Energia – IEA – com mais de 400 marcos de orientação para os países e empresas, alinhado com o Acordo de Paris).
“O mundo ainda vai precisar de petróleo e cada país tem sua realidade. Mas, no geral, a corrida é contra o tempo, porque a janela de oportunidade dos combustíveis fósseis vai se fechar rapidamente”, explicou Cristina.
Para ela, que destacou também a importância da recente aprovação do marco regulatório do Gás Natural, o setor precisa ser mais eficiente no uso das atuais tecnologias – como o uso do próprio gás natural como energia de transição – e de outras novas, como a captura de carbono. “A responsabilidade da indústria é trabalhar com inovação, com transformação digital, fazer a conexão das empresas com as startups; e também aumentar a integração dos processos produtivos, a segurança”.