Autores: Peter Howard Wertheim e Dayse Abrantes
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O Brasil está levando a sério a proposta de afrouxar a hegemonia da Petrobras permitindo que a companhia venda ativos e saia de setores “non core”, ou seja, não fundamentais. A proposta faz parte da estratégia prioritária do governo.
Em julho 2019, o Presidente Jair Bolsonaro inaugurou o Novo Mercado de Gás. O propósito é diminuir o preço do gás natural produzido no país em 40% em dois anos, garantindo a participação de novos players e atraindo maiores investimentos no setor e em outros que dependem do insumo.
A Petrobras informou que controla cerca de 70% da produção brasileira de gás, 100% da importação, 99% do processamento, 69% do transporte e 20 dos 27 distribuidores.
O preço do gás natural no Brasil está entre os mais altos do mundo.
As oportunidades para reformas são enormes. Estimativas apontam que a expansão da indústria de gás pode atrair US$32 bilhões em investimentos totais.
A Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (ABRACE) calcula que 40% de redução no preço do gás aumentaria o PIB entre 2,2% a 2,6% por ano nos próximos 10 anos. Isso representa um efeito cumulativo de aumento de R$325 bilhões (US$81,35 bilhões) em relação ao cenário atual.
A maioria da infraestrutura de gás está concentrada no sul e sudeste que são mais populosos.
O Brasil tem menos de 80.470 km de dutos de gás para transporte e distribuição. Nos EUA são 6.4 milhões de km de dutos. Além disso, a infraestrutura de gás conectando os campos do pré-sal para a terra estão particularmente pouco desenvolvidas.
Por causa da falta de dutos mais da metade da produção nacional ou é queimada ou injetada.
O Brasil também está trabalhando em projetos inovadores para superar as limitações de sua infraestrutura inadequada, incluindo ênfase em geração de energia através da queima de gás.
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