Promovido pelo IBP, evento debateu sobre como a tecnologia está modificando a indústria de óleo e gás
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) deu início nesta quinta-feira (18/07) aos debates que serão apresentados durante a O&G TechWeek 2019 – maior evento de tecnologia voltado para o setor de petróleo e gás –, que acontecerá entre os dias 26 e 30 de agosto, no Rio de Janeiro. O evento de aquecimento, que contou com a presença de executivos do mercado de inovação e tecnologia, abordou questões como os desafios da indústria frente à oferta de tecnologia, inovação e tendências no cenário de transformação digital.
Durante a abertura, Melissa Fernandez, gerente de tecnologia e inovação do IBP, apresentou os objetivos e a importância da O&G TechWeek. “Discutir novas ideias e o impacto da indústria 4.0 no mercado de petróleo e gás será o grande norte do evento. O nosso desafio, entretanto, é pensar em como conseguimos valorar as tecnologias e a transformação digital no setor”, disse.
Segundo Augusto Borella, gerente geral de transformação digital da Petrobras e chairman da O&G TechWeek, o desafio futuro do mercado de óleo e gás está relacionado à transformação digital e à inovação. “O nosso setor foi o que começou a experimentar mais tardiamente as tecnologias e a transformação digital. Deste modo, o grande desafio é pensar em transformar uma indústria clássica por meio da cultura da digitalização”, comentou.
Pensando nisso, Borella enfatizou a necessidade de uma mudança de atitude e uma adoção da tecnologia incorporada à relação com a sociedade. “É essencial se abrir para o novo e necessário uma fluidez dos processos, uma integração entre profissionais e tecnologia. As pessoas querem resolver problemas de uma forma mais simples e veloz. Inovar é impactar a cultura do outro”, afirmou. “Se o dado é o novo óleo, não há dúvidas de que conseguiremos nos transformar digitalmente”, complementou.
Para Tarcísio Romero, consultor de aceleração digital da AVEVA, transformar digitalmente é mudar processos e rever métodos de trabalho, com base na digitalização. “É preciso repensar e modificar os processos a partir das novas tecnologias, com a colaboração e percepção de profissionais qualificados”, explicou. Outro aspecto ressaltado pelo o executivo foi a importância de combinar engenharia com design, o que asseguraria o processo de operação e a sustentação de ativos.
Os especialistas falaram ainda sobre a importância da transformação digital nas empresas do setor. Leonildes Melo Filho, coordenador de P&D em digitalização e geociências da Repsol Sinopec, apresentou como a empresa está enfrentando os desafios da transformação digital. “A Repsol vem investindo cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento. Serão 300 milhões de euros destinados à digitalização até 2020. Se pensarmos no ano de 2022, esse valor sobe para 1,000 milhão de euros. Todo esse investimento tem como objetivo apostar em startups, universidades e projetos nacionais, que, com o tempo, serão aproveitados e aplicados na empresa”, frisou.
Por fim, o gerente de contas da Aveva, André Oberziner, mostrou como a implementação de novas tecnologias é capaz de gerar resultados significativos para a indústria de petróleo e gás brasileira. Oberziner apresentou os detalhes do projeto em parceria com a Repsol Sinopec e Petrobras, que cria um gêmeo digital (digital twin) de todo o campo de Albacora Leste, recriando digitalmente desde o FPSO até os risers que conectam o poço à plataforma. O objeto é que, nas próximas etapas do projeto, os equipamentos subsea da área também sejam recriadas digitalmente.
A O&G TechWeek, que conta com o patrocínio da Petrobras, Tishman Speyer, Fábrica de Start ups, Repsol, SIEMENS, Aker, Aveva, Deloitte, Pepperl+Fuchs e PWC, terá uma programação diversificada, com palestras, exposição de novas tecnologias e encontro de startups. As inscrições para o evento já estão abertas no site www.ogtechweek.com.br.
Confira o que está por vir na O&G TechWeek 2019