IBP discute transformação do setor de refino no Brasil em evento online com principais agentes do mercado
Debate aborda desafios e oportunidades para o novo cenário nacional do setor, a partir dos desinvestimentos da Petrobras
Os desinvestimentos anunciados pela Petrobras, com a venda de oito refinarias e sua logística adjacente até o fim de 2021, promoverão mudanças inéditas na dinâmica desse segmento da indústria de petróleo no Brasil, com a entrada de novos players e a perspectiva de mais investimentos. Esses temas ganharam destaque nos “Diálogos Estadão Think”, série de eventos online promovidos pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) com a participação de representantes da indústria, do governo, da academia e outras áreas.
O segundo evento, com o tema “As Oportunidades que a Abertura do Refino Oferece”, está marcado para o próximo dia 10/05, das 17h30 às 19h, com inscrições gratuitas e transmissão ao vivo nas plataformas digitais do Estadão.
As inscrições podem ser feitas aqui.
O debate agora terá como foco duas questões centrais para o novo modelo do downstream: as soluções para superar os gargalos na infraestrutura logística e materializar os necessários investimentos para garantia do abastecimento nacional nos próximos anos e o combate às irregularidades do mercado, que incluem sonegação fiscal, adulteração e roubo/furto de produtos.
O 1º painel contará com as participações de Claudio Mastella, Vice-Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Downstream (ABD), entidade vinculada ao IBP; do Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni; e do Sócio-Diretor da Leggio Consultoria, Marcus Delia. Já no segundo, estarão Valéria Lima, Diretora Executiva de Downstream do IBP; o General Guilherme Theophilo, CEO do Instituto Combustível Legal (ICL); e o Deputado Federal Christino Áureo, Presidente da Frente Parlamentar do Petróleo e Energias Renováveis (FREPER).
Novo ambiente do mercado de derivados
O novo cenário nacional do mercado de derivados de petróleo é o eixo central da série de eventos. O primeiro ocorreu em 26/04, com o tema “Transformação do Mercado de Refino no Brasil – A visão de futuro”.
Como mensagem inicial de abertura, Roberto Ardenghy, presidente do Conselho de Administração do IBP, destacou que a iniciativa vai ao encontro do papel histórico do Instituto, cuja missão é promover uma indústria mais eficiente, segura e ambientalmente responsável.
Na ocasião, foram discutidas as questões prioritárias para a expansão do livre mercado e a promoção da livre concorrência, a partir da entrada de novos atores no mercado. Ficou clara a necessidade de se criar um ambiente de negócios favorável, com previsibilidade regulatória e jurídica, e preços refletindo a paridade internacional, para destravar investimentos, ampliar a oferta de produtos e garantir o abastecimento nacional.
Especialmente na fase inicial de transição entre modelos não faltarão desafios, sendo fundamental que haja amplo diálogo entre governo, agências reguladoras e agentes de mercado.
O primeiro painel da série promovida pelo IBP contou com as participações de José Mauro Coelho, Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME); Rodolfo de Saboia, Diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); e Marcelo Araújo, Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Downstream (ABD, ligada ao IBP) e CEO da Ipiranga.
Já no segundo painel desse evento inaugural, participaram do debate Anelise Lara, Membro Independente do Conselho de Administração do IBP; Helder Queiroz, Coordenador do Grupo de Economia da Energia da UFRJ; e Sergio Araújo, Presidente Executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (ABICOM).
O Brasil possui o oitavo maior parque de refino do mundo e já produz cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia, podendo chegar a 5,3 milhões de barris/dia em 2030 em razão, especialmente, da maior produção do pré-sal. O país, porém, ainda importa volumes expressivos de derivados, como diesel, gasolina, GLP e combustíveis de aviação, para atender à demanda doméstica. Depois do recente anúncio de venda da RLAM pela Petrobras, o setor aguarda os próximos passos do processo de desinvestimentos no refino.
As inscrições podem ser feitas neste link, que também tem a íntegra dos painéis do primeiro evento da série “Diálogos Estadão Think”, promovida pelo IBP.