Setor projeta investimentos de US$ 175 bi de 2023 a 2030; IBP defende reforço de ambiente de negócios e avanços na estruturação do mercado
O setor de petróleo e gás natural responde por 46% da oferta interna de energia do país, sendo um importante propulsor da economia nacional. Para o período de 2023 a 2030, o IBP projeta para o upstream (Exploração e Produção) investimento de US$ 175 bilhões e a geração de 570 mil postos de trabalho diretos e indiretos a cada ano. Em um cenário de transição energética, a indústria continuará a desempenhar papel fundamental no suprimento das demandas de energia da sociedade.
Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) produziu a Agenda da Indústria para o período de 2022 a 2024, lançada em evento exclusivo para associados nesta terça-feira, cujos pilares são: estrutura de mercado, ambiente de negócios, agenda ESG e transição energética. Nesse material, o IBP descreve as principais frentes de trabalho necessárias para pavimentar, de forma competitiva e sustentável, o futuro energético brasileiro, contribuindo, ainda mais, para o desenvolvimento econômico e social do país.
A agenda destaca que a relevância dos combustíveis fósseis se estenderá por mais algumas décadas, pois são atualmente responsáveis por mais da metade do suprimento energético do planeta.
“Não existe transição energética sem petróleo e gás, inclusive no cenário brasileiro, cuja matriz energética já conta com 48% do suprimento provenientes de fontes renováveis, frente a uma média global que figura na casa dos 14%”, diz Eberaldo de Almeida Neto, presidente do IBP.
O executivo defende também o estabelecimento de um mercado de carbono, que abre oportunidades para países como o Brasil. “É fundamental precificar para que as contas sejam feitas e os incentivos e desincentivos sejam dados. Pessoas e empresas se movem por estímulos”, ressalta Almeida Neto.
A manutenção de um ambiente de negócios que respeite os contratos e as regras de mercado, com preços calcados na oferta e demanda, é essencial para garantir o abastecimento nacional e atrair investimentos.
“O Brasil tem que seguir preços de mercado, pluralidade de agentes e liberdade empresarial. São essas boas práticas que garantem o abastecimento dos combustíveis e o crescimento da economia e do setor, gerando empregos e tributos”, afirma Rafael Chaves, presidente do conselho de administração do IBP e diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras.
Vale destacar também que, no Brasil, a indústria petrolífera responde por uma grande arrecadação para a União, estados e municípios. Nos últimos 11 anos, foram R$ 2,1 trilhões de tributos, ICMS, royalties, participações especiais e bônus de assinatura pagos pelo setor, segundo cálculo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Além disso, a indústria de óleo e gás é muito relevante para a balança comercial brasileira. O petróleo bruto foi o terceiro produto mais exportado pelo país em 2021, gerando uma receita superior a US$ 30 bilhões. Com isso, o Brasil se posicionou como o oitavo maior consumidor e o oitavo maior produtor de petróleo do mundo, no ano passado.
A atuação de agências reguladoras, que buscam por meio de análises técnicas estimular o setor, é fundamental para o constante aprimoramento do ambiente de negócios. “A ANP trabalha em parceria com a indústria. Nossa meta é a mesma: o desenvolvimento do setor. Da nossa parte, cuidamos do arcabouço regulatório. A segurança jurídica, interesse compartilhado com o mercado, é muito importante para atrair investimentos e, com isso, gerar emprego e renda”, afirmou Rodolfo Saboia, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ao participar do lançamento da Agenda da Indústria.
Com o lançamento da Agenda da Indústria 2022-2024, o IBP reforça ainda mais seu papel de conectar todos os elos da cadeia da indústria de óleo e gás e sua missão de ser o principal representante e interlocutor do setor com toda a sociedade.
Confira aqui a Agenda da Indústria.