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“O setor de óleo e gás tem papel relevante a cumprir na Transição Energética, que não pode ser feita de forma irracional para não gerar pobreza energética e custos sociais”, destacou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, na abertura do o 1º Encontro Estratégico de Transição Energética, realizado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (26/02).

Ardenghy reforçou que as diferentes fontes de energia serão importantes durante a transição energética e destacou o potencial de redução de emissões do setor e das novas formas de geração de energia. “Quando pensamos na transição, o petróleo e o gás natural continuarão existindo, mas com uma forte pegada de descarbonização. Hoje no pré-sal, por exemplo, 27 milhões toneladas de CO2 já reinjetados nos reservatórios, um dos maiores programas de CCUS do mundo. Além disso, temos uma indústria bem posicionada para atuar na área de hidrogênio e grande potencial para produzir energia no ambiente de eólica offshore”. Mencionou também a vocação do Estado do Rio de Janeiro como grande centro produtor de energia e de inovação tecnológica. “O Estado do Rio cumpriu um papel fundamental na transformação do Brasil de importador a exportador de petróleo nos últimos 40 anos. Agora o desafio está na incorporação de novas tecnologias para atingir maior eficiência energética e redução das emissões”, afirmou o Presidente do IBP.

O Secretário de estado de energia e economia do Mar do Rio de Janeiro, Hugo Leal, ressaltou as vocações do estado para uma economia renovável a necessidade de debater a melhor forma de conduzir o processo de transição. “Somos o estado da transição energética, com maior produção de óleo, gás e vamos conviver com todas as formas de energia. Precisamos discutir e fazer a transformação enérgica racional que ofereça a sociedade uma alternativa viável, inclusiva e justa”, concluiu.

Thiago Barral, Secretário Nacional de transição energética e planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), frisou que o governo federal está estruturando a política nacional de transição energética em harmonia com as ações existentes ou em estudo nos estados mirando um processo que inclua toda a sociedade. “A transição energética não é só uma agenda ambiental, climática, mas também socioeconômica, de desenvolvimento, de geração de emprego”.

Antônio Carlos Vilela, vice-presidente da FIRJAN, reforçou o discurso da necessidade de alinhamento entre todos os agentes envolvidos na transição energética e a capacidade do Rio de Janeiro de ser protagonista nesse processo. “O Rio é óleo, gás e energia. Espero que a partir desse encontro seja a locomotiva da transição energética. Podemos usar o gás natural, o hidrogênio, um mix de energia”.

Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV, destacou o potencial do Rio de Janeiro na transição energética e a importância do debate para embasar as tomadas de decisões. “Este seminário é uma grande iniciativa do Estado, porque é preciso discutir e tomar decisões sobre temas que vamos lidar por muitos anos”.