Em um ano como 2020, em que muitas empresas foram forçadas a adaptar seus processos, a inovação virou uma das pautas mais urgentes, especialmente na indústria de óleo e gás. Segundo levantamento da Oil and Gas Digital Transformation and the Workforce Survey 2020, da EY, quase 60% dos entrevistados sinalizaram um aumento no investimento em tecnologia digital por conta da pandemia, enquanto 41% apontaram o mesmo comportamento devido à queda dos preços do petróleo.
Aproveitando o Dia Nacional da Inovação, em 19 de outubro, o IBP conta um pouco das ações que vem realizando em prol do desenvolvimento tecnológico do setor.
Segundo Ricardo Marquini, Líder de Parcerias em P&D da Total e Coordenador da Comissão de T&I do IBP, a inovação passou a ser uma atividade de extrema importância para a competitividade e sustentabilidade em todas as indústrias e setores econômicos. Ela ajuda as empresas a se adequarem às novas demandas e comportamentos da sociedade em um ambiente cada vez mais dinâmico e conectado. No setor de óleo e gás, não é diferente.
Para o especialista, as operadoras precisam, por um lado, acelerar os seus projetos de E&P para gerar receita e aproveitar suas reservas; por outro, lidar com a transição energética e oferecer uma energia cada vez mais limpa e eficiente. E esses desafios das operadoras acabam fazendo com que toda a cadeia produtiva se prepare para apoiar e participar dessa transformação. Para alcançar esses objetivos, cada vez mais as empresas buscam nos projetos de inovação as soluções para os seus desafios.
“Na Comissão de Tecnologia e Inovação, estamos cientes dessa tendência e trabalhamos para atender as demandas comuns do setor, oferecendo, por meio dos nossos grupos de trabalho, as respostas para alguns desafios do setor, propondo novas formas de trabalho em conjunto e disseminando conceitos e práticas de inovação junto a toda cadeia produtiva. Temos trabalho bastante para oferecer às associadas do IBP e a toda indústria de petróleo um ambiente mais propício à inovação e ao desenvolvimento tecnológico”, ele explicou.
O IBP reestruturou sua forma de abordar o tema da Tecnologia e Inovação e, em janeiro deste ano, inaugurou seu Conselho Consultivo de Transformação Digital, responsável por criar diretrizes e apoiar os grupos de trabalho da gerência de Tecnologia e Inovação. Desde que entrou em vigor, o Conselho já discutiu e desdobrou para os GTs – 5G, Convergência OT (tecnologia operacional) x IT (tecnologia da informação), Gestão de Dados, Ecossistemas de Tecnologia e Inovação e Cultura da Inovação – assuntos como a importância da tecnologia 5G, inteligência artificial e segurança cibernética.
“A importância da inovação em uma indústria como a de O&G pode trazer um retorno que não se limita ao financeiro. O aspecto de segurança nas operações, cujo valor é intangível, tem muito a se beneficiar da introdução de novas tecnologias trazidas pela transformação digital, tais como wearables, IA, realidade aumentada e processamento de imagem. A saúde e o bem-estar da força de trabalho das áreas operacionais são ativos de alta relevância, e a inovação é um meio para maximizar sua proteção”, aponta Ricardo Ramos, Consultor da Petrobras em Inovação em Ecossistemas Empreendedores (IEE) e Coordenador do GT de Ecossistemas de T&I.
Por entender que é um game changer de infraestrutura de telecomunicação sob o qual a transformação digital na indústria de O&G será consolidada, com soluções em tempo real e sem fio, Instituto, por meio do GT de 5G, investiu em engajamento com a Anatel e o Ministério das Comunicações sobre o tema. Do ponto de vista de negócio para o país, o grupo acredita ser uma oportunidade para a Anatel garantir a eficiência de uso dos espectros em leilão, além dos serviços atualmente ofertados.
O IBP, por meio da sua Comissão de Tecnologia e Inovação, se juntou à discussão da segunda fase de revisão do Regulamento Técnico da ANP sobre a cláusula de PD&I, trazendo os seguintes pleitos para favorecimento do setor de O&G: inclusão da possibilidade de aplicação dos recursos em empresas brasileiras e instituições credenciadas, na execução de projetos do tipo “encomenda tecnológica”, e inclusão da possibilidade de utilização dos recursos decorrentes da cláusula em “Fundos de Investimento em Participações – FIP”, voltados para empresas nascentes (startups), entre outros.
Em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), o GT de Cultura de Inovação busca um diagnóstico setorial sobre o status de inovação do mercado de O&G, com uso da metodologia da Universidade de Sussex, com foco em identificar os comportamentos e capacidades do setor, como o mercado percebe a inovação e quais são seus gaps. Com esses dados, será possível mobilizar novas percepções dentro do segmento, por meio de uma agenda específica, e usar benchmarking dentro da própria indústria.
“A inovação deve ser encarada como meio para atingirmos os objetivos de nossas empresas, sejam eles operacionais ou transformacionais. Dito isso, não precisaríamos defender a inovação como agenda fundamental, mas, sim, pensar quais as formas de inovar e o quanto de esforço precisamos dedicar que nos levarão a tais resultados. E não há fórmula secreta ou one size fits all para a indústria de O&G”, explica Patrícia Graboswky, head de Inovação da Subsea7 e coordenadora do GT de Cultura de Inovação.
Maior evento de óleo e gás da América Latina, a Rio Oil & Gas deixou de ser um evento bianual para se tornar uma plataforma de inovação e, em 2020, traz uma edição inteiramente digital. Além do Starting Up Rio Oil & Gas – um dia dedicado às oportunidades para as startups no setor -, a programação contará com sessões específicas sobre transformação digital, como segurança cibernética e gestão de dados; a inovação e a capacidade de adaptação com o próximo normal das corporações; e competitividade no setor de O&G, com a indústria 4.0 e o uso do empreendedorismo científico.
Clique aqui e saiba mais sobre programação e inscrições, que, até o dia 31 de outubro, estão com valores promocionais.
Conheça aqui a área de Tecnologia e Inovação do IBP.