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A SPE Seção Brasil, com o apoio do Instituto, organizou o I Workshop Competitividade dos Projetos Offshore no Brasil , onde foram discutidas uma série de medidas de estímulo ao setor de óleo e gás e que podem alavancar os investimentos no país. Os pontos apresentados reforçam as medidas que o IBP tem divulgado para tornar o setor mais competitivo: a regularidade dos leilões, o fim do operador único, a extensão do Repetro, a flexibilização das normas de conteúdo local e a revisão de regras tributárias.

O evento contou com as presenças do diretor do departamento de políticas de E&P do Ministério de Minas e Energia (MME), José Botelho Neto, do presidente do IBP, Jorge Camargo, do presidente da SPE Seção Brasil, Antonio Pinto, do diretor geral da Total, Maxime Rabilloud, além do presidente da Abespetro, José Firmo, e outros executivos da indústria.

Na abertura do evento, o diretor do departamento de políticas de E&P do Ministério de Minas e Energia (MME), José Botelho Neto afirmou que o governo estuda medidas em caráter emergencial para melhorar o ambiente de negócios no Brasil. As mudanças, segundo Botelho, seriam no âmbito legal e regulatório e começarão a ser implementadas ainda este ano.

“Existe uma preocupação enorme do governo sobre a competitividade dessa indústria. Por isso, estamos estudando algumas medidas urgentes para estimular os investimentos”, disse.

O Workshop de Competitividade abordou ainda aspectos relacionados à dinâmica de preços do petróleo, a indústria de óleo e gás no mercado financeiro e como o desenvolvimento tecnológico ajudou a reduzir custos, otimizando a produção. É o caso, por exemplo, da Petrobras.

De acordo com o gerente geral de Construção de Poços Marítimos para a Bacia de Santos, Renato Pinheiro, a empresa economizou cerca de US$ 2 bilhões na construção de poços marítimos entre os anos de 2013 e 2015. A economia, disse ele, foi possível graças ao programa PRC-Poço, que implantou melhorias operacionais e otimizou os projetos.

O gerente-executivo de Libra, Fernando Borges destacou que a Petrobras conseguiu uma redução em até US$ 10 por barril no breakeven do projeto Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.

O Gerente Geral de Tecnologia Aplicada do Projeto Libra na Shell, Keith Lewis, apresentou os desafios e soluções da empresa em um cenário de baixos preços de petróleo. Ele ressaltou a necessidade de mecanismos eficientes de colaboração entre empresas e universidades para o desenvolvimento de novas tecnologias. “Se a tecnologia não é desenvolvida de forma rápida, dificilmente sobrevive neste cenário.”

Já o presidente do IBP, Jorge Camargo, se disse “naturalmente otimista” em relação à retomada da indústria. “Cada vez mais temos um discurso alinhado com o governo. Está claro para mim o sentido de urgência com que o ministério vem tratando os assuntos do setor e a equipe tem demonstrado uma boa capacidade de execução. Temos razão para estar otimistas”, concluiu.

O Workshop é parte de uma série de eventos, desenvolvidos pela parceria IBP e SPE Seção Brasil, com o objetivo de debater temas relevantes para a área de E&P.

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