O IBP realizou, no último dia 18 de novembro, uma live especial, que marcou tanto a contagem regressiva para a 20ª edição da Rio Oil & Gas quanto a comemoração dos 63 anos do Instituto, que fez aniversário no sábado, dia 21, quando também se celebra o Dia da Indústria.
Cristina Pinho, Diretora Executiva Corporativa do IBP, foi a apresentadora do evento, transmitido diretamente do Hotel Fairmont, localizado em Copacabana, no Rio de Janeiro. A íntegra do encontro está disponível no canal do IBP no YouTube.
Seguindo os protocolos sanitários de distanciamento por conta da Covid-19, ela recebeu Clarissa Lins, Presidente do IBP; José Firmo, ex-Presidente do IBP e CEO da Porto do Açu; Jorge Camargo, ex-Presidente e atual Conselheiro do Instituto; e Anelise Lara, Presidente do Conselho de Administração do Instituto e Diretora de Refino e Gás Natural na Petrobras, que participou virtualmente.
“O ano de 2020 foi muito desafiador para o Brasil e para o mundo. Para a indústria de óleo e gás, não foi diferente, mas provamos, mais uma vez, o quanto essa indústria é resiliente. No meio de toda essa incerteza, nós fizemos uma escolha, que era fazer a Rio Oil & Gas ainda em 2020, com um formato totalmente digital”, Cristina explicou.
A menos de uma semana do maior evento de O&G da América Latina, que ocorre entre 1º e 3 de dezembro, a executiva, que também é chair da conferência, destacou alguns números da edição, como o fato de a participação de palestrantes femininas ter crescido em relação a 2018 e o Comitê Técnico ter recebido 20% mais sinopses de trabalhos técnicos comparado à última edição.
Além disso, pela primeira vez, o evento promoveu uma votação para que o público votasse nos trabalhos técnicos que gostaria de ver na programação ao vivo. Foram recebidos mais de 17 mil votos e os vídeos tiveram mais de 60 mil visualizações.
Uma das novidades da edição 2020 será o CEO Talks. O painel contará com entrevistas com líderes brasileiros e estrangeiros de grandes empresas que integram a cadeira do setor de O&G. Já confirmaram presença Anders Opedal, CEO da Equinor; Marcelo Araujo, CEO da Ipiranga; Patrick Pouyanné, CEO da Total; Rafael Grisolia, CEO da BR Distribuidora; Roberto Castello Branco, Presidente da Petrobras; e Ricardo Mussa, CEO da Raízen.
Segundo Jorge Camargo, o formato digital do evento trouxe mudanças que vieram para ficar
“Eu espero que um dia a gente volte para ter a parte presencial, que é também muito importante em um evento. Mas essa possibilidade de receber pessoas que normalmente não viriam ou teriam dificuldades de vir e atingir pessoas do mundo todo – que esse novo modelo vai possibilitar –, isso veio para ficar”, defende Camargo.
A partir deste ano, a Rio Oil & Gas deixa de ser um evento bianual para se tornar uma plataforma de inovação. Em 2021, a conferência contará com uma edição híbrida, com parte de sua programação presencial e outra, digital. O evento vai deixar o Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para ocupar o Pier Mauá, na zona portuária da cidade.
“A Rio Oil & Gas 2021 oferece uma nova proposta de ocupação da cidade do Rio de Janeiro. Ela muda de local e se abre para o mar nos armazéns do Pier Mauá. Estou muito feliz de a gente poder promover essa mudança, se conectar mais com a nossa cidade, mas sem perder o sabor internacional”, comentou Clarissa Lins.
Segundo a presidente, o grande desafio da indústria, é desenvolver tecnologias inovadoras e adaptar seu comportamento para reduzir as emissões de carbono em um mundo que, aparentemente, demonstra sinais claros de esgotamento, e cabe ao IBP ser uma voz ativa.
“O papel de um instituto como o nosso é participar ativamente de todas as discussões relevantes, não temendo nenhum tema e sendo uma voz ativa, baseada no rigor técnico, na análise de dados e fatos, mas também abrindo-se às novas formas de diálogos, não excluindo ninguém dessa mesa de conversa e participando do processo de engajamento relevante que a sociedade deseja que a gente tenha”, ela defendeu.
Já Firmo ressaltou o poder transformacional da indústria, lembrando que ela já foi desafiada em outros momentos da história, mas se mostrou confiante na capacidade de inovar e de buscar soluções para problemas complexos.
“Não é possível continuar com esse nível de carbono na atmosfera e nós precisamos fazer algo diferente. Não tenho nenhuma dúvida de que essa indústria vai se reinventar uma vez mais. A chegada dos novos competidores e das novas energias só estimula ainda mais que a gente continue buscando alternativas para o futuro”, ele disse, frisando que o desafio do IBP – que, em 2020, apoiou a criação da Associação Brasileira de Downstream (ABD) e implementou um novo plano estratégico, com novas diretrizes, missão, visão e valores – é o mesmo: o da inovação.
Anelise destacou o compromisso de a indústria gerar energia com responsabilidade, preocupando-se cada vez mais não só com as emissões das operações, mas com as geradas por toda a cadeia de valor.
“Vamos ter um período muito rico de inovação na nossa indústria. Ela vai continuar, mas de uma forma diferente. O desafio para o IBP é crescer mantendo as características, os valores e os princípios intocados, mesmo com esse crescimento projetado do IBP, porque uma certeza que a gente tem é que ele vai crescer, porque a indústria vai crescer”, ela defendeu.
A noite contou ainda com mensagens gravadas de André Araujo, Presidente da Shell no Brasil; André Clark, Country Manager da Siemens Energy Brazil; Gabriel Freitas, Vice-Coordenador do Comitê Jovem do IBP e Consultor de Negócios da Accenture; João Carlos De Luca, ex-Presidente do IBP; e Marcelo Araújo, CEO da Ipiranga.