O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, reforçou, durante o evento “Margem Equatorial & Políticas Públicas”, realizado pelo Brasil 247 em Brasília, que o segmento tem priorizado a segurança em todos os seus processos de produção offshore em sinergia com excelência operacional e responsabilidade social. O executivo lembrou que são produzidos 3,5 milhões de barris de petróleo por dia nas Bacias de Campos, no Rio de Janeiro, e de Santos, em São Paulo, com total respeito ambiental e sem qualquer incidente aos ricos ecossistemas e populações destas regiões.
Ardenghy lembrou que a produção de petróleo no Brasil é um caso de enorme sucesso e o país tem ampla expertise para atividades em águas ultra profundas. O presidente do IBP cita como exemplo que, em três décadas, o Brasil deixou de ser importador de 90% de petróleo e derivados, no período reconhecido internacionalmente como “Crise do Petróleo” em 1971, e se transformou em exportador nos anos 90.
Ele lembrou que o petróleo foi o líder da balança comercial brasileira entre as commodities em 2024 e esta tendência deve ser seguida em 2025. “O petróleo ainda será um dos principais produtos da agenda exportadora brasileira nos próximos anos”, comenta Ardenghy. Em sua análise, o Brasil tem um dos barris de petróleo mais descarbonizados do mundo. “Se o Brasil parar de produzir petróleo, o mundo vai emitir mais gases de efeito estufa”, avalia.
O executivo indica a importância de serem estudadas outras regiões, como a Margem Equatorial, em virtude do amadurecimento das Bacias de Campos e Santos, que devem ter suas produções reduzidas no futuro próximo, visto que um campo produz petróleo, em média, por 30 anos.
“Devemos garantir a segurança energética do país com estas novas descobertas em diferentes regiões do país. E é importante ressaltar que toda esta produção nacional de petróleo é uma vitória da engenharia brasileira. Temos mais de 40 mil fornecedores e a Petrobras com ampla capacidade e premiação internacional por estudos e atividades exploratórias. Todas os estudos na Margem Equatorial serão conduzidos com tecnologia de ponta e padrões globais de segurança”, conclui.