A descarbonização no continente africano traz à tona discussões acerca do conceito de transição energética justa, que considera as particularidades e as condições socioeconômicas de cada país. Em 2019, a África Subsaariana emitiu apenas 1,0 gigatoneladas de CO2 equivalente (GtCO2e) e o Brasil, 0,5 GtCO2e, enquanto os Estados Unidos sozinhos emitiram 5,3 GtCO2e e a União Europeia foi responsável por 2,7 GtCO2e das emissões globais.
Nesse contexto, caso a transição persista nas medidas sem equidade estipuladas atualmente, acredita-se que países em desenvolvimento e emergentes serão mais resistentes ao desenvolvimento econômico em comparação a países já desenvolvidos, os quais se apoiaram quase que inteiramente em carvão, petróleo e gás natural décadas atrás. Isso ocorre uma vez que fontes renováveis dificilmente são substitutas dos combustíveis fósseis no desenvolvimento econômico; a intensidade energética associada aos hidrocarbonetos ainda é essencial em atividades como a fabricação do aço e a operação de fábricas, além da capacidade de geração de empregos atrelada à indústria de O&G.
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