“Se tivermos 10 anos de crescimento moderado, vamos ter questões importantes para enfrentar no mercado de combustíveis”. Essa foi a opinião da diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard (foto ao lado), que participou da abertura do 12º Fórum de Debates sobre Qualidade e Uso de Combustíveis, na quarta-feira, 13 de abril, no Rio de Janeiro.
Durante o evento, realizado anualmente pelo IBP e patrocinado pela Lubrizol e Sindicom, Magda também falou sobre a necessidade de investimento na produção e logística de combustíveis, por conta da perspectiva de déficit de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em 2030.
Ainda segundo ela, o Brasil tem duas alternativas que passam pela autossuficiência ou importação. No primeiro caso, seria necessário investir em duas refinarias para suprir a demanda futura. Na segunda situação, investimentos em portos e dutos seriam fundamentais.
Ciente da saída da Petrobras deste mercado e da necessidade de atrair investimentos privados, a diretora da ANP destacou que será preciso diálogo entre empresas, órgão regulador e governo para encontrar soluções. “Vamos ter que gastar 2016 conversando. Temos demandas urgentes e não vamos ter muito tempo para perder”.
Cenário brasileiro e projeções
Além da diretora da ANP, o Fórum, que teve como tema “A Eficiência Energética na Agenda Econômica e Ambiental do País”, teve palestras do gerente de Ambiente de Negócio e Infraestrutura do Sistema Firjan, Guilherme Mercês, que falou sobre as perspectivas para o cenário econômico brasileiro e quais os impactos na indústria, e do diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Gelson Baptista Serva, que trouxe uma projeção do setor para os próximos dez anos.
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