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No primeiro dia da Rio Oil & Gas, o Fórum de Certificação – um dos eventos paralelos inéditos da programação – discutiu a evolução do SPIE, Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos, ao longo dos últimos 20 anos, que possibilitou o amadurecimento do sistema que se consolidou como um processo fundamental para a segurança e eficiência operacional das empresas do setor de petróleo e gás.

De acordo com José Ricardo Fanara, Gerente de Engenharia de Manutenção e Inspeção E&P da Petrobras, o SPIE contribuiu para valorizar a atividade de E&P, principalmente em relação à atividade da inspeção e à capacitação das pessoas, gestão de procedimentos, metas e objetivos. “O SPIE contribui para aumentar a confiabilidade, já que a planta fica menos tempo parada e isso gera retorno financeiro”.

Além disso, para o palestrante, o objetivo principal do SPIE é a segurança das instalações. “O ponto chave é a segurança. Melhorando a segurança das instalações a gente vai ter integridade, vai proteger as pessoas, o meio ambiente, a gente vai ter resultado econômico”.

Entretanto, para Antônio Carlos Ribeiro, Coordenador de SPIE da Braskem, existe uma tendência a burocratização do processo que precisa ser reavaliada. “Existe uma tendência de ficarmos muito amarrados aos prazos e, no anseio de atender os prazos e o escopo definido, nós deixamos de utilizar tecnologias importantes e interessantes. Como o processo é desenhado de uma forma mais cartesiana, perdemos o foco da integridade”.

Para os próximos 20 anos, o foco é a integração das etapas do processo de integridade, com uma visão mais inteligente focada no risco. “O objetivo é trabalhar na gestão de anomalia desses processos e na gestão de defeitos, que é a nossa visão para o futuro”, afirmou Daniel Cypriano, Coordenador de Inspeção de Refino e Gás Natural da Petrobras.

SPIE na indústria 4.0

A atuação do SPIE no contexto da indústria 4.0 foi tema da palestra “SPIE 4.0”. Com a mediação de Cláudio Makarovsky, presidente da ABESPetro, o painel contou com a participação de Fábio Castro (Braskem) e Bruno Souza (Siemens) para discutir oportunidades de melhorias no serviço de inspeção, como a necessidade de traduzir dados em informações e o uso de tecnologias, com uso de robôs e drones, por exemplo.

“A gente está há 20 anos fazendo o SPIE, e a gente pode estar fazendo muito bem, mas está na hora de fazer uma disruptura, pensar de um jeito diferente”, Castro defendeu. “Temos que ficar alertas e organizar o SPIE de uma certa maneira que ele seja inteligente, que o algoritmo nos dê o plano de ação. Não é a gente que vai processar isso”.

Atuando desde a primeira auditoria na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), da Petrobras, o IBP é acreditado pelo Inmetro – desde 2002 – para atuar como Organismos de Certificação de Produto (OCP) para os SPIE. As auditorias de SPIE permitem que a indústria produza mais sem comprometer os níveis de segurança das instalações.

O Fórum de Certificação aconteceu no primeiro dia da Rio Oil & Gas. Veja a programação dos outros eventos paralelos que acontecem até quinta-feira, 27.

A Rio Oil & Gas 2018 é patrocinada pela Petrobras, BP, Modec, Shell, Suatrans, Total, Santander, Chevron, Dow Química, Equinor, ExxonMobil, Galp, Repsol Sinopec, Misc Group, PetroRio, BakerHughes, Braskem, Fluor, Ipiranga, Microsoft, Plural, Porto do Itaqui, QGEP, Raízen, S&P Global Platts Thomson Reuters, Sulzer, Rosneft, TBG, Vallourec e WeWork.