A COP 28 encerrou os debates em Dubai na última terça (12/12) mostrando que governos, indústrias e empresas estão cada vez mais comprometidos em promover uma transição energética justa. O texto final da Conferência do Clima da ONU apresentou uma visão clara sobre a necessidade de se fazer a transição energética de modo racional e equilibrado, que não gere mais pobreza energética, o que já é uma realidade em muitos países.
Um dos pontos importantes discutidos na Cúpula foi sobre mecanismos de financiamento, especialmente para que países em desenvolvimento tenham condições de fazer a sua transição energética. É importante disponibilizar recursos em volumes necessários para o desenvolvimento de projetos em diferentes países, respeitando as necessidades locais para o sucesso da transição.
Outra visão consolidada na COP 28 é a de que as responsabilidades pelo aquecimento global são comuns e todos devem trabalhar em conjunto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
“Neste aspecto, o setor de óleo e gás possui um papel importante. Na COP 28, a indústria de petróleo apresentou uma mensagem concreta para a descarbonização das próprias operações; a melhoria da eficiência energética de projetos e, especialmente no Brasil, a importante participação dos biocombustíveis na matriz energética, um segmento no qual o país se destaca com potencial de ser um dos celeiros mundiais de energias renováveis”, afirmou Roberto Ardenghy, presidente do IBP, que representou o setor brasileiro de óleo e gás nas discussões na COP 28.
Um tema discutido na COP 28 foi a redução da produção de petróleo e de gás. É importante ressaltar que esse debate deve envolver ainda a redução da demanda por produtos fósseis. Pois, se olharmos apenas a diminuição da produção sem observar o lado do consumo, teremos um desequilíbrio entre oferta e demanda que gera escassez, afeta preço e, portanto, provoca inflação.
Durante a COP 28, o IBP reafirmou seu compromisso com a transição energética ao assinar documento conjunto com outras entidades, apontando 17 objetivos para o desenvolvimento de ações para transição energética e descarbonização no setor de energia. Entre algumas propostas estão: reduzir emissões de escopo 1 e 2 compatíveis com as melhores práticas globais; melhorar o desempenho energético das operações; investir ainda mais em tecnologias de descarbonização; fomentar a criação do Mercado Brasileiro Regulado de Créditos de Carbono; incentivar a proteção de áreas com florestas nativas e apoiar o uso de biocombustíveis para a descarbonização.
É importante ressaltar que para o setor de óleo e gás, a transição energética em curso é um processo inegociável para a sociedade global. Reforça que o movimento rumo a uma economia de baixo carbono não significa estabelecer uma ruptura na produção de determinadas energias, como petróleo, gás e combustíveis fósseis. O setor de energia vem contribuindo por meio da redução de emissões em seus processos de produção, da ampliação de seu portfólio com produtos renováveis e do investimento em novas tecnologias de descarbonização. Realiza tudo isso mantendo a produção de óleo e gás com uma intensidade de carbono cada vez menor e garantindo a segurança energética que o mundo precisa para atingir o net zero.
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