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O IBP reuniu, na última terça-feira, dia 02 de março, os membros do seu Conselho Consultivo de Transformação Digital, órgão responsável por criar diretrizes e apoiar os grupos de trabalho da Gerência de Tecnologia e Inovação do Instituto, para discutir o ecossistema de tecnologia e inovação no Brasil e no mundo. O webinar fez parte da programação da TechTerça em parceria com o ECOA PUC-Rio. A transmissão está disponível na íntegra no canal do IBP no YouTube.

Inscreva-se aqui no segundo webinar da série, que será realizado no dia 09 de março.

Moderada por Armando Cavanha, Consultor Acadêmico da PUC- Rio, a programação contou com André Clark, General Manager da Siemens Energy Brasil e do Conselho Consultivo de Transformação Digital; Claudio Makarovsky, Diretor de Indústrias de Energia da Microsoft Brasil; Isabel Waclawek, Diretora de PD&I da Total; e Nicolas Simone, Diretor Executivo de Transformação Digital e Inovação da Petrobras.

Segundo Clark, apesar de a humanidade continuar demandando petróleo, a indústria está preparada para se transformar e chamou a atenção para a importância da agenda ESG (sigla em inglês para as decisões de investimento alinhadas com boas práticas ambientais, sociais e de governança) no processo de mudança.

“Muito importante lembrar das três letrinhas: ESG. Para além de uma demanda da nossa sociedade que se torna ainda mais feroz após a Covid-19, é uma tremenda e histórica oportunidade de negócios e desenvolvimento das nossas pessoas, porque nunca se viu tanto dinheiro sendo colocado com uma missão: salvar o planeta”, explicou.

Makarovsky defendeu a tecnologia como um habilitador para que essa transformação para o “verde” aconteça mais rapidamente.Nós temos que ser o enabler, o fornecedor de tecnologia e ecossistema para que esses desejos aconteçam e de forma exponencial”, afirmou o especialista, que elencou a convergência ITxOT como solução para o aumento de interação entre diferentes sistemas, bases de dados e conexões na indústria.

No horizonte do segmento de O&G, Isabel apontou a automação, a transformação digital e a eletrificação para trazer uma redução do impacto ambiental, redução de custos e otimização da produção. Ela também comentou sobre as exigências da transição para as fontes renováveis.

“Importante mencionar que a transição para essas fontes vai precisar ser conduzida com muito cuidado, pois vai exigir uma integração de diversos processos e o gerenciamento de interfaces entre diferentes sistemas, uma vez que esse número de conexões com certeza vai aumentar exponencialmente”, explicou.

Ao abordar a questão da cyber segurança, Clark chegou a comparar a questão às mudanças climáticas, pois os dois tópicos “não conhecem barreiras” e já são assuntos do Conselho de Administração.

“A gente tem visto, com as letrinhas ESG, que cyber segurança entrará nessas questões diretamente. As fronteiras entre clientes e fornecedores, e entre a indústria e seus provedores de energia, está se dissolvendo cada vez mais. Não se terá a visão de onde começa a empresa e onde começa o seu fornecedor. Portanto, a questão de confiança é algo muito importante”.

Em uma fala complementar, Simone afirmou que não se pode pensar transformação digital se não se trabalhar a segurança de informação. À medida que novas tecnologias são desenvolvidas e uma série de frentes deixam a sociedade mais digital, todos ficam mais vulneráveis a cyber ataques.

“Eu sinto que acreditam que segurança de informação é um diferencial competitivo e não querem compartilhar com ninguém. Eu discordo desse aspecto. Vejo que segurança de informação ter que ser algo que nos junte, como uma rede. É o famoso ‘juntos somos mais fortes’”, defendeu o executivo.

Recado para jovens profissionais

Os participantes ainda deixaram um recado para as novas gerações. Makarovsky destacou o perfil desafiador da indústria e deu exemplos do seu pioneirismo, enquanto Isabel ressaltou a importância de apresentar aos jovens as oportunidades do setor de O&G.

“A indústria de O&G não é só a produção de óleo e gás. Na verdade, é uma transição que pela qual a gente está passando. A produção de petróleo e gás vai viabilizar essa transição energética, que vai financiar esses novos projetos, essas novas formas de energia, e tem um campo muito rico para esses jovens talentos investirem”, explicou a pesquisadora.

Segundo o presidente do Conselho Consultivo de Transformação Digital do IBP, a diferença dessa transição por que o mundo passa é que ela não será feita sozinha. Segundo ele, a indústria de O&G já tomou a decisão de ser verde e descarbonizada. Agora, resta ao país escolher essa agenda.

 TechTerça

A próxima edição da TechTerça será realizada no dia 09 de março, das 18h às 19h, e terá a participação de Ricardo Marquini, Líder de Parcerias em P&D da Total e Coordenador da Comissão de T&I do IBP; Victor Venâncio, Head de Transformação Digital do IHM Stefanini Group; Vinícius Gusmão, Coordenador de Telecomunicações da Petrobras.

Com a moderação de Armando Cavanha, Consultor Acadêmico da PUC-Rio, e Melissa Fernandez, Gerente de Tecnologia & Inovação do IBP, os participantes vão discutir quais ações estão sendo realizadas dentro dos grupos de trabalho do Instituto para alavancar a convergência OTxIT e a infraestrutura do 5G no setor de O&G. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.