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O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) realizou, nesta terça-feira (18/04), o evento “A pluralidade de visões da agenda ESG” para marcar a abertura das inscrições da primeira edição do ESG Energy Forum, programado para junho de 2023. O evento de ontem foi um debate com a participação de Maurício Tolmasquim, atual gerente-executivo de Estratégia e Planejamento da Petrobras; Isabela Salgado, gerente de Sustentabilidade da Ipiranga, e Symone Araújo, diretora da ANP. Fernanda Delgado, diretora-executiva corporativa do IBP, abriu e mediou o simpósio, destacando que as inscrições para o seminário, em junho, estavam abertas e falou da importância do Brasil em um mundo de transformações provocadas pela agenda ESG.

“As empresas de petróleo estão abraçando a transição energética, seja em eólicas offshore ou onshore; seja nos investimentos no hidrogênio, na energia solar. Temos os hidrocarbonetos, as biomassas, todos esses energéticos à nossa disposição. Quando estudamos Geopolítica do Petróleo, a gente vê que o Brasil surge como um stakeholder importante nesse mundo em ebulição, com um cenário menos turbulento para receber investimentos”, explicou Fernanda Delgado.

Maurício Tolmasquim citou as transformações no setor petrolífero. “As companhias precisam se preparar para um mundo em que a demanda de petróleo vai cair a longo prazo. Aí é que a transição energética entra no radar das empresas petrolíferas, que pouco a pouco se transformam em empresas de energia. É um momento de desafio, mas também de oportunidade. É preciso redefinir processos produtivos e sair na frente, utilizando-se de vantagens como, por exemplo, o conhecimento da área offshore para produção de energia eólica no mar e a malha de gasodutos já existente para o transporte de hidrogênio”, reforçou o executivo da Petrobras.

Isabela Salgado, gerente de Sustentabilidade da Ipiranga, abordou os aspectos de governança. “Não podemos deixar de olhar para o G, da Governança. Nos últimos anos, aceleramos duas agendas específicas: diversidade e relacionamento com o entorno, sobre como promover uma indústria mais diversa, com mais equidade e representatividade. Hoje, temos 33% das mulheres em cargos de vice-presidência, mas, em 2019, esse número era só de 13%. Conseguimos acelerar muito esta agenda por meio de transformações concisas e direcionadas nesse sentido”, explicou Isabela.

Symone Araújo, diretora da ANP, falou da implementação de políticas públicas no aspecto Social da agenda. “Um grande desafio é como se dará a produção e consumo de combustíveis. A grande maioria dos agentes que regulamos estão se tornando empresas de energia. E, ao olhar para o Social, lembramos da importância social, por exemplo, do GLP. Ele está em mais de 91% dos lares brasileiros, sendo que 48% desses lares são chefiados por mulheres. Olhar a regulação do GLP é olhar para aquela mulher trabalhadora, chefe do lar, e que, por situações diversas, o botijão de gás é um dos primeiros bens que ela vende quando passa por dificuldades”, defendeu Symone.

Ao fim do evento, Fernanda Delgado, diretora-executiva corporativa do IBP, lembrou novamente que já estão abertas as inscrições para a primeira edição do ESG Energy Forum. O seminário está programado para ocorrer de 20 a 22 de junho de 2023, no Hotel Fairmont, no Rio de Janeiro, com debates e discussões importantes sobre o tema de ESG. Os interessados podem clicar aqui para se inscrever.