Durante 1º Workshop Promar, organizado com o MME, o Instituto analisou que cada campo maduro pode proporcionar 23 mil novos postos de trabalho e cerca de US$ 1,5 bilhão em arrecadação de tributos
O 1º Workshop Promar (Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Maduros), uma parceria entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), debateu, em 15 e 16 de abril (quinta e sexta-feira), a revitalização de campos maduros e viabilização de campos e acumulações de economicidade marginal, dentro do atual quadro regulatório, legal, ambiental e tributário brasileiro. A Presidente interina e Diretora Executiva Corporativa do IBP, Cristina Pinho, ressaltou que cada campo viabilizado pode gerar US$ 1 bilhão em investimentos, 23 mil novos postos de trabalho (diretos e indiretos no pico de investimentos) e US$ 1,5 bilhão em arrecadação para o governo.
Assista à íntegra do 1º e do 2º dia de workshop.
A executiva indicou que o Promar deve ser uma via de atração para chegada de novos players e aportes no mercado nacional diante de um ambiente jurídico e de negócios estável e aquecido, o que se torna essencial para geração de renda e criação de novos postos de trabalho para diferentes localidades. “O setor de petróleo e gás tem um compromisso com a recuperação econômica e social brasileira, o que está entre as missões do IBP, e tem demonstrado resiliência na pandemia com diversificação de fontes renováveis e cumprimento do Acordo de Paris”, comenta Cristina.
De acordo com a fala do Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, José Mauro Ferreira, houve queda de mais de 55% na produção no pós-sal, ao longo dos últimos seis anos. Em sua avaliação, este dado tem total convergência com a queda de produtividade na Bacia de Campos, que, hoje, produz cerca de 850 mil barris de petróleo diários. José Mauro Ferreira analisou que somente 28 planos de avaliação de descoberta em áreas marítimas, entregues à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), alcançaram declaração de comercialidade, dos 97 planos apresentados à ANP nos últimos 10 anos. O restante foi postergado por não haver condições econômicas para viabilizar as descobertas.
“Devemos ter senso de urgência. Trabalhar com ações práticas para que o governo possa proporcionar vetores e direcionamento ao mercado. Temos capacidade de sair dos atuais 3 milhões de barris / dia para 5.3 milhões de barris diários”, comentou.
A mesma preocupação foi apresentada por Rodolfo Saboia, Diretor Geral da ANP, ao mencionar que o pós-sal foi responsável por 16 bilhões de barris de óleo equivalente, ou seja, 63% de todo produção nacional de petróleo e gás até agora. Hoje, representa apenas 23% da produção brasileira offshore. “Os debates do Promar ajudarão no aperfeiçoamento de regulação e processos. Para alcançar os objetivos do programa, devemos focar em descobertas subcomerciais de petróleo e gás em mar, consideradas como economicidade marginal”, analisa. Saboia também aponta que nove descobertas – com potencial de 10 bilhões de barris – postergaram sua declaração de comercialidade.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, reforçou o empenho para avançar em estudos que visem à análise da relação de reserva e produção com perspectivas para ampliação da vida útil do campo e viabilidade de acesso dos insumos para a sociedade. “O Promar promove uma agenda para oportunidade de novos entrantes. Temos uma janela de oportunidades para atrair estes investidores”, avalia.
Leia aqui a cobertura completa do 1º Workshop Promar (Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Maduros) e acompanhe a transmissão completa no canal On Demand do hub da Rio Oil & Gas.