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As perspectivas e expectativas dos jovens profissionais sobre a indústria de O&G e de energia foram o foco da sessão “A indústria de óleo e gás na visão dos jovens talentos”, moderada por Raquel Filgueiras, economista sênior do IBP.

Maria Clara Cardona, Principal Consultant Development and Deployment da Equinor Brasil, chamou atenção para o fato de a indústria estar vivendo não apenas uma transição energética, mas também geracional. Enquanto a maioria das lideranças tem uma faixa etária entre 40 e 60 anos, o setor se depara com a entrada da geração Z, extremamente digital, envolvida em questões socioambientais e com dificuldades de ingressar no mercado no momento de recessão econômica.
“São muitas transições ao mesmo tempo, mas não vejo como um gap ou conflito exatamente. Vejo como uma oportunidade de a gente trabalhar a diversidade geracional. Muitas empresas ainda não veem os ganhos de ter um time diverso na idade”, ela disse.

Para Ludmila Sampaio, Drilling Engineer da Chevron, a indústria de energia será atrativa para os jovens na medida em que eles enxergarem no setor um ambiente diverso, inclusivo, com oportunidades de desenvolvimento e espaço para que possam dar suas contribuições. “Os jovens gostam de tecnologia, sim, mas é mais do que isso. A gente quer participar dos desafios da indústria, contribuir para o nosso país e para o mundo, quer ter o impacto positivo na sociedade, e a gente quer isso tudo agora”, ela explicou.

Christiano Lins Pereira, Analista de Inovação da Subsea7, apontou a necessidade de a indústria mostrar à sociedade e aos jovens a magnitude do setor e o quão tecnológico ele é, combatendo o estigma de que a indústria “causa mais danos do que benefícios”. Além disso, ao abordar a atratividade do segmento para os novos talentos, afirmou que vale a pena refletir sobre o que será a indústria de energia do futuro e como ela proverá os jovens com oportunidades para que eles possam se inserir e se capacitar, tendo um bom desenvolvimento em suas carreiras. “Vale a reflexão do quanto a indústria está aberta no futuro pra isso”.

Ao falar sobre diversidade e inclusão na indústria de energia, Faenna Karolidis, estagiária em Business Development da GNA, ressaltou a importância de as empresas criarem um ambiente seguro para as minorias e apoiarem projetos – sejam eles, culturais ou acadêmicos – como forma de se aproximarem de jovens e torná-los potenciais colaboradores. “Diversidade é a palavra do futuro. Se você categoriza que quer uma empresa diversa, crie políticas que vão incluir esses grupos”.

Ela ainda deixou uma mensagem para os profissionais sêniores. “Voltem às suas universidades de origem, falem com os estudantes, mostrem quais são os caminhos das pedras que os jovens devem andar. Levem para o jovem que a indústria está vivíssima, cheia de novidade: está a cara do jovem”.

Confira o debate completo na Plataforma On Demand da Rio Oil&Gas.