O segundo dia da OTC Brasil 2017 mostrou o potencial brasileiro de produção e exploração de petróleo – especialmente nas reservas do pré-sal – e de oportunidades de investimento. Durante o painel “Exploração e Desenvolvimento no Brasil: Oportunidades, Desafios e Perspectivas”, executivos de companhias de petróleo que atuam no Brasil mostraram visões otimistas e defenderam incentivos por parte do órgão regulador para ampliar investimentos. Segundo Maxime Rabilloud, diretor-geral da Total E&P do Brasil, a companhia tem um plano de investimento em exploração e produção no Brasil de R$ 24 bilhões entre 2013 e 2018 e considera o país um mercado estratégico.
“Estamos investindo, mas a baixa do barril provocou uma adaptação do mercado em relação aos custos e agora o governo tem que ajudar com a criação de emprego”, afirmou. “Vamos defender que os reguladores baixem as taxas para campos com menor capacidade de produção, alguns com descobertas de mais de 20 anos, mas que não foram desenvolvidos, como é o caso de Xerelete”, disse Rabilloud.
O potencial exploratório do Brasil foi apresentado por Eliane Petersohn, geóloga-chefe da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com a especialista, o pré-sal brasileiro já produz 10 vezes mais do que o pós-sal. “A produção do pré-sal é proveniente de 84 campos nas bacias de Campos e Santos, sendo responsáveis por apenas 10% da produção offshore brasileira. Nas rodadas previstas para os dois próximos anos, teremos ofertas onshore e offshore, para todos os perfis de operadoras”, explicou.
Na próxima sexta-feira (27), quando serão realizadas a 2ª e a 3ª rodadas do pré-sal, a expectativa do setor é de otimismo. “Tenho certeza de que na sexta-feira veremos o quão certo o governo estava em tomar essa medida. A Petrobras, sozinha, não teria condições de desenvolver todos os campos que serão ofertados no leilão de sexta”, disse Pedro Parente, presidente da Petrobras, no almoço palestra de hoje. Segundo ele, a previsibilidade no calendário das rodadas é um dos fatores positivos para a retomada da indústria de petróleo no Brasil, além de outras medidas chave, como a decisão do governo federal de acabar com o operador único.
O campo de Libra, na Bacia de Santos, foi destaque de um painel focado na aquisição do FPSO e nas mais novas tecnologias a serem implementadas. Na sessão “Libra Development”, Orlando Ribeiro, gerente-geral da Petrobras, falou que a empresa estuda possibilidades de exportar gás do campo por meio de um novo hub e tecnologias capazes de aumentar a pressão para separação do gás.
“Além disso, haverá uma transformação na estratégia, cultura e processos de Libra, por meio do uso de tecnologias digitais que aumentem significantemente o desempenho do projeto. Será possível criar novos resultados através do compartilhamento de dados e integração”, completou.
A OTC Brasil 2017 tem patrocínio da Petrobras; Total; Shell; BP; Fluor; Statoil; Baker Hughes – a GE Company; Chevron; TechnipFMC; Repsol Sinopec; Saipem; ExxonMobil; Vallourec; Galp/Petrogal; Queiroz Galvão; Flutrol; Aker Solutions; CNOCC; Subsea7; Brazil – U.S. Business Council; Firjan; e OceanPact.
O evento segue até quinta-feira, dia 26, no Riocentro, Rio de Janeiro. Até lá, as inscrições estarão abertas online no link.
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