Notícias

Voltado para o público jovem, o Profissional do Futuro realizou, na última quinta-feira, sua 18ª edição, durante a OTC Brasil 2019. Sob o lema “Mudando o jogo: novas oportunidades de carreira e o papel dos jovens em uma indústria em transformação”, o evento reuniu, na parte da manhã e da tarde, CEOs, lideranças de RH e jovens profissionais para abordar os impactos que a retomada de investimentos na indústria, a transição energética e os avanços tecnológicos podem gerar para o mercado de trabalho.

Segundo Eduardo Chamusca, Country Director da SBM Offshore no Brasil, diferentemente da indústria de serviços, que tem modelos de negócios mais suscetíveis à disrupção, como o Uber, o mundo de energia requer “hardware”.

“Se, hoje, aparecesse uma lei que falasse que não se produz mais uma gota de petróleo no mundo, ia demorar de 20 a 30 anos para conseguir construir uma infraestrutura necessária para substituir tudo o que a gente tem de demanda hoje”, ele avaliou. “Então, não fiquem se questionando muito se a decisão de vocês de trabalhar na indústria de O&G, de energia ou qualquer coisa vinculada à engenharia é certa ou errada. A demanda sempre vai existir para pessoas inteligentes”.

Já Jaume Vergés, Gerente de RH, Inovação, Gestão, TI e Administração da PetroRio, apontou algumas das softskills valorizadas pelos empregadores e que podem ser amplificadas ou desenvolvidas ao longo do tempo, como a imaginação, a criatividade, a curiosidade, a empatia e a resiliência, além de inteligência emocional e social, trabalho em equipe e pensamento crítico e adaptativo.

““Vocês são a geração mais bem preparada da história do Brasil. Vocês estão prontos, tem os conhecimentos técnicos necessários para entrar no mercado”, ele disse, além de indicar as consultorias, as startups – ou empresas que tenha esse tipo de cultura – e organizações grandes e dinâmicas como os três perfis mais indicados para que os jovens consigam desenvolver essas aptidões no início de suas carreiras.

Diante do cenário atual de transição energética e de mobilização pelas mudanças climáticas, Volmir Korzeniewski, Country Manager da Aker Solutions no Brasil, que participou do painel da tarde, comentou os projetos de descarbonização de óleo e gás da empresa e as oportunidades que esse contexto pode trazer.

“A indústria do petróleo ainda será uma importante matriz energética por décadas, gerando empregos e impulsionando inovações tecnológicas. No entanto, a transição energética já é uma realidade, que está sendo liderada, inclusive, por empresas originalmente de óleo e gás. Aí, surgirão muitas oportunidades para vocês”, explicou. Ainda na esteira de novas tecnologias, Bernardo Pessoa, Presidente do Young Pipeline Professionals (YPP), recomendou aos jovens que aproveitem os novos processos gerados pela transformação da indústria a seu favor.

“O processo de construção e montagem de dutos onshore é  praticamente o mesmo desde 1950, por exemplo, e quem vai modernizá-lo somos nós, os jovens”, disse o engenheiro de integridade de dutos, que ainda aconselhou os estudantes a utilizarem suas experiências fora da sala de aula para trabalharem a flexibilidade e a pesquisarem a cultura das empresas antes de se candidatarem ao processo seletivo.

A programação, que contou também com a participação de Leonardo Severiano Nascimento, Offshore Production Engineer da PetroRio, e Paula Benevides, Vice-Presidente de Desenvolvimento Humano e Organizacional na Raízen, ainda recebeu Alessandra Simões, headhunter e sócia da Uphill, que ministrou a oficina Job na Real, com dicas para os participantes sobre como construir um currículo atrativo e se destacar em entrevistas.