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Tema do Congresso de CO2, matriz diversificada é a garantia de suprimento de energia

O Brasil possui uma posição privilegiada no cenário mundial devido à sua matriz energética diversificada e com forte predominância de fontes renováveis, sendo classificada como uma das mais limpas do mundo o que, consequentemente, contribui para a redução de emissão de CO2.

De acordo com Elbia Gannoum, Presidente Executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) e palestrante do Congresso de CO2, a participação da energia eólica na matriz energética tende a aumentar por ser uma fonte que não emite CO2 e com baixíssimo impacto de implantação. Além disso, a energia eólica tem respondido pela necessidade de expansão da matriz, já que alguns empreendimentos renováveis como as hídricas de grande porte, por exemplo, sofrem limitações.

Dados do Boletim Anual de Geração 2017 da ABEEólica, mostram que somente no ano de 2017, o total de emissões evitadas foi de 20,97 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o que demonstra um setor maduro com alta capacidade de geração de energia, crescendo de forma vigorosa, com desempenho superior a diversos países no mundo.

Contudo, os combustíveis fósseis vão continuar mantendo seu papel relevante porque em muitas situações ele é insubstituível, e em outras ele é complementar. “É muito difícil imaginar uma matriz elétrica ou energética que seja 100% renovável. O combustível fóssil vai ter sempre o seu papel”, afirma Elbia.

Entre os palestrantes do Congresso, estavam Fabiano Lobato, Diretor do Centro de Pesquisas da Equinor; Antonio Alberto Stuchi, diretor executivo de Tecnologias e Projetos da RAIZEN; José Mauro, diretor da EPE; Aloísio Lopes Pereira de Melo, coordenador-geral de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Ministério da Fazenda; e Aurélio Cesar Nogueira Amaral, diretor da ANP.

O Congresso de CO2, organizado pelo IBP, aconteceu entre os dias 28 e 29 de junho, no Rio de Janeiro, e teve o patrocínio da Petrobras, Shell, Equinor, Total e apoio da Capes, CNPq e TN Petróleo.