A capacidade global de refino vem crescendo consistentemente ao longo das últimas décadas, saltando dos quase 83 milhões de barris por dia (b/d) em 2000 para 102 milhões b/d em 2020, um crescimento de 23%. A queda da demanda por derivados observada em 2020, decorrente da pandemia da Covid-19, acelerou o fechamento de algumas refinarias pelo mundo, em especial refinarias europeias mais antigas e menos competitivas, levando a primeira queda anual da capacidade global em quase três décadas.
Na análise por região, Ásia-Pacífico observou o maior incremento de capacidade instalada – 14,8 milhões b/d – desde 2000, crescendo 68%, impulsionada majoritariamente pela construção de novas refinarias na China e Índia. Na América do Sul e Central, a capacidade se manteve estável – aumento de 1%. (ou 63 mil b/d). Apesar do incremento de cerca de 500 mil b/d na capacidade brasileira, a redução nos países vizinhos compensou quase totalmente essa variação.
É válido ressaltar ainda que as refinarias têm perfis distintos, tanto em relação às características do óleo que será processado quanto nos derivados que serão produzidos. Além disso, a construção de mega refinarias de alta capacidade e qualidade na China tem pressionado refinarias menos eficientes mundo afora.
Em 2022, o conflito entre Rússia e Ucrânia e as consequentes sanções contra o governo e instituições russas culminou na restrição da capacidade de refino e da oferta de derivados no mundo, uma vez que a Rússia é um importante produtor e exportador desses produtos. Essa situação reforçou o descasamento entre oferta e demanda decorrente da pandemia da Covid-19 e fez disparar os preços dos derivados no mercado internacional.
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