Em um contexto de transição, muitas são as apostas no hidrogênio como via para a descarbonização do sistema energético, sobretudo nos segmentos hard-to-abate. Contudo, por sua qualidade inflamável e por sua contribuição de forma indireta para o aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), problemas de segurança decorrente de possíveis vazamentos foram endereçados em recente estudo elaborado pela Escola de Relações Públicas e Internacionais da Universidade de Columbia.
O estudo desenha dois possíveis cenários para vazamentos de hidrogênio no decorrer do processo produtivo – um de baixo risco e outro de alto risco. Esses riscos foram identificados ao longo de toda a cadeia de valor do hidrogênio nas etapas de produção, entrega e uso final.
A partir disso, observou-se que, em 2050, quando o cenário baixo risco é comparado com o de alto risco, a chance de vazamento do hidrogênio aumenta em 88% no processo produtivo e em 85% na entrega. No caso da categoria de uso final, esse crescimento pode alcançar 113%.
O estudo também utilizou dados de demanda por hidrogênio do relatório Net Zero by 2050 da IEA, por meio dos quais identificou que o vazamento pode atingir uma taxa de 5,6% em toda a economia no cenário de alto risco de 2050, enquanto a estimativa de alto risco de 2020 foi de 2,7%.
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